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terça-feira, 18 de agosto de 2015

Valor - Do lucro ao prejuízo: há quem diga que o pior ainda não chegou

Há quem diga até que o pior momento para o setor ainda não chegou, pois a demanda por imóveis depende dos indicadores de emprego e renda e da taxa de juros [...] O diretor superintendente da Rossi, Leonardo Diniz, divulgou que as margens continuarão pressionadas, no curto prazo, pelos descontos para acelerar as vendas. Os abatimentos são "mais agressivos", de acordo com Diniz, em unidades prontas ou quase concluídas [...] Há quem avalie que, para melhorar o equilíbrio entre oferta e demanda, é preciso um ajuste de preços médios do setor

As incorporadoras de capital aberto tiveram prejuízo líquido de R$ 262,19 milhões no segundo trimestre, ante o lucro líquido de R$ 483,58 milhões obtido um ano atrás. Com menos lançamentos e vendas, a receita líquida caiu 16,9%, para R$ 6,32 bilhões. O setor lançou, em conjunto R$ 3,2 bilhões e vendeu R$ 4 bilhões, com retrações de 38% e 21%, respectivamente, na comparação anual.

A concentração de boa parte da comercialização em unidades prontas fez com que a receita fosse superior à venda do período. 

O pior momento ainda não chegou
No primeiro semestre, os lançamentos somaram R$ 4,94 bilhões, o correspondente à metade de um ano antes, enquanto as vendas encolheram 27%, para R$ 7,43 bilhões. Das 17 incorporadoras listadas em bolsa, sete não fizeram nenhum lançamento até junho ­ Tecnisa, Rossi Residencial, Viver, Brookfield Incorporações, CR2, JHSF e João Fortes. Foram considerados somente os dados da divisão de incorporação da JHSF. 

O desempenho operacional das incorporadoras listadas em bolsa continuará fraco neste semestre e em 2016, na avaliação do mercado, com recuperação somente no médio prazo. Há quem diga até que o pior momento para o setor ainda não chegou, pois a demanda por imóveis depende dos indicadores de emprego e renda e da taxa de juros. É esperada ainda defasagem entre o momento em que a economia melhorar e a retomada maciça dos lançamentos, pois as incorporadoras precisarão reforçar bancos de terrenos e aprovar projetos. 

Redução de 75,6% nos lançamentos
A Cyrela, maior incorporadora de capital aberto do país, divulgou que seus lançamentos, neste ano, serão menores do que em 2014. Conforme o diretor financeiro, Eric Alencar, o foco estará na venda de estoques em 2015 e no próximo ano. Os estoques prontos da Cyrela tendem a continuar crescendo, segundo Alencar. Independentemente de o cenário melhorar ou piorar, a Cyrela tem de vender estoques, de acordo com o executivo. "Temos que fazer o que é certo em qualquer cenário", disse Alencar. 

A Tecnisa pode encerrar 2015 sem apresentar nenhum novo projeto, o que dependerá das condições de mercado, conforme o diretor financeiro e de relações com investidores da companhia, Vasco Barcellos. Conforme o Valor apurou, a PDG não deve lançar mais nada, neste ano, além dos R$ 23 milhões do primeiro trimestre. 

A Even reduziu seus lançamentos em 75,6% no primeiro semestre e também foca a venda de estoques. Mas "é provável", conforme o diretor financeiro e de relações com investidores da Even, Dany Muszkat, que a companhia faça algum lançamento no terceiro trimestre. Na divisão Gafisa, "haverá momentos para lançamentos no segundo semestre, mas a postura é de cautela", de acordo com o diretor financeiro e de relações com investidores, André Bergstein. 

Médio e alto padrão em crise
Analistas ressaltam que incorporadoras voltadas aos padrões médio e alto sentirão, na totalidade do segundo semestre, as restrições de crédito imobiliário anunciadas em maio pela Caixa Econômica Federal. Isso tende a gerar novos distratos e a pressionar ainda mais os estoques. Os bancos privados estão abocanhando apenas uma fatia que deixou de ser atendida pela Caixa e também elevaram as taxas de juros e reduziram a parcela financiada. 

Para diminuir o impacto das restrições de crédito, incorporadoras têm oferecido financiamento direto aos clientes. Entre as empresas que proporcionam a modalidade estão Cyrela, EZTec, Gafisa, Tecnisa, Even, Helbor e JHSF. A Cyrela, por exemplo, tem linha de financiamento direto de até 80% do valor do imóvel, pelo prazo máximo de 200 meses, além de adotar medidas como apresentar o cliente a outros bancos quando o crédito é negado por uma instituição. 

Descontos e facilidades
As incorporadoras mantêm apostas também em descontos e facilidades de pagamento para incentivar a compra de imóveis. O diretor superintendente da Rossi, Leonardo Diniz, divulgou que as margens continuarão pressionadas, no curto prazo, pelos descontos para acelerar as vendas. Os abatimentos são "mais agressivos", de acordo com Diniz, em unidades prontas ou quase concluídas.

Há quem avalie que, para melhorar o equilíbrio entre oferta e demanda, é preciso um ajuste de preços médios do setor. 

Para baixar estoques, as empresas têm lançado mão ainda de medidas criativas. Até abril de 2016, quem comprar uma unidade da Even pode acumular pontos no programa de fidelidade da Multiplus, controlada pela TAM. Neste mês, o comprador ganha 100 mil pontos ao adquirir qualquer imóvel em São Paulo e, se visitar um projeto da empresa, mas comprar unidade de concorrente, tem 20 mil pontos. A parceria oferece pontos aos corretores a cada venda e aos colaboradores que indicam clientes. A campanha é complementar aos descontos oferecidos. 

Os abatimentos pressionam as margens das companhias, mas contribuem para geração de caixa e para reduzir a alavancagem do setor medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido. Ainda assim, houve quem elevasse sua alavancagem no segundo trimestre na comparação com um ano antes, caso da Rossi, cujo indicador passou de 91,8% para 106,4%. Já PDG e Tecnisa obtiveram melhora do indicador, mas continuam com patamar elevado. Na PDG, o índice caiu de 130,9% para 110,4% e, na Tecnisa, passou de 131,8% para 113%. 

Dívidas e demissões
A PDG anunciou início do processo de reestruturação de suas dívidas. A empresa contratou o Rothschild para assessorá­la na readequação do perfil da dívida, no reforço do capital de giro e fortalecimento da estrutura de capital. 

Ainda não está claro qual será o novo tamanho do setor de incorporação. Empresas continuam a cortar pessoal para adequar as respectivas estruturas às novas necessidades de lançamentos e reduzir despesas gerais e administrativas. A Rossi demitiu 200 funcionários no primeiro semestre, o correspondente a 20% do quadro administrativo e readequou as áreas de escritório ocupadas. 

A PDG Realty cortou 23% do quadro de funcionários no segundo trimestre ante o primeiro trimestre e continuará a ajustar sua estrutura conforme a necessidade da operação. Desde 2014, a Tecnisa vem fazendo cortes de pessoal ­ a maior parte concentrada no fim do ano e início de 2015 ­ e novas demissões irão ocorrer. 

No segundo trimestre, a Gafisa fez cortes de pessoal, mas o patamar não foi informado. A estrutura continuará a ser ajustada. A folha de pagamento da EZTec foi reduzida em 35% desde início do ano passado, período em que o número de canteiros de obras ativos caiu de 33 para 24.

(Valor Online - Empresas - 18/08/2015)

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17 comentários:

  1. As construtoras terão de reduzir ao máximo possível os lançamentos sob pena de uma maior desvalorização dos imóveis. Precisarão enxugar o quadro de funcionários, os gastos e evitar novos investimentos. Só assim sairão da crise.
    Torço para que consigam, pois a construção civil emprega muito brasileiros. E um setor em recessão puxa outros, o que faz a crise econômica só piorar com o aumento do desemprego e diminuição do consumo. É ruim para TODOS.

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  2. CORVO, MALDITO, CADE VOCE?

    Estao tudo mentindo falando que a construtoras estao tomando prejuizo, ne? Kkkk

    Esquenta nao CORVO, ainda vao dar mais noticias dessas antes de assumirem que elas faliram.

    Ate daqui a pouco sua ave dos infernos!!!!

    Kkkk

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    1. Pior que quem sofre não é o dono da construtora, que tá com os bilhões que lucrou especulando guardados em um paraíso fiscal qualquer, enquanto o servente que sempre ajudou a construir as gaiolas e esperava adquirir o seu puleiro, foi mandado embora.
      Espero que você não seja o servente, e sim o dono da construtora.
      Até daqui a pouco você ainda não vai conseguir comprar seu cubiculo. Abs

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    2. Uma gaiola eu acho que o servente consegue comprar Sim! se não conseguir eu tiro meu passarinho da gaiola e dou pra ele.

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  3. DICA:Se o m2 passar de 2 mil reais nao comprem e fria ex 70m2= 350.000,entao estao cobrando 5000 mil o m2,quando custa as destrutoras no maximo 1200,00 reais.Nesse caso o imovel vale realmente o valor de 140,000, e este 140.000 sera o preço pedido pela caixa se ele for a leilao.ASSIM SENDO ,CASO HOUVER ESSA QUEDA DE PREÇOS A ESSES PATAMARES IRAO VENDER BASTANTE E DESENCALHAR O SETOR.PREÇOS JUSTOS JA.

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  4. É simples para vender ė só voltar aos preços de 2009, imoveis que estao pedindo 500 mil, abaixar para 120 mil, se não vai ficar tudo encalhado.

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  5. Pensam que é passageiro...
    Dói ver que bobeou e poderia ter vendido há 2 anos atrás o ap, casa ou o terreno por um preço jamais imaginado...
    Dói sentir que o sonho acabou...
    Bate a deprê em saber que mais cedo ou mais tarde terá que cair na real, e aceitar que não se casa com imóvel, terá que negociá-lo nos parâmetros do comprador, até com prejuízo.
    Passe 1, 2, 3 ou quatro anos, a certeza absoluta virá somente com a reflexão de que o passado foi apenas um sonho ambicioso e irresponsável, e que se tornou a ruína de muitos hoje em dia.
    Está rua não tem saída...
    Isto serve tb para os cabeças de bagre que tinham terreno há 10, 20 anos ou mais e esperavam vender por um bom preço um dia...
    O trem passou da estação que vcs iriam descer...

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  6. Nossa, com exceção do primeiro comentário, todos são lamentáveis! Vamos subir o nível pessoal!! Ajuda o blog aí!!

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  7. Troco um fuscão preto por um terreno de 10 por 30, esse será o cenario do mercado imobiliario em diante.

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  8. Quem precisa de ajuda, parece-me que é vc 19:53.
    Estás mais para morcego do que pra corvo.
    Precisa vampirizar opiniões e pontos de vista, pois tens visão limitada e obscura na claridade real.
    Procure algum blog ao qual se identifique e que possa contribuir com teus anseios, pois aqui és personna não grata, um peixe fora d'agua...desenho?

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  9. Eu troco uma penteadeira com 3 pé, uma perua DKW verde abacate com porta invertida e um casal de rã (zero pulo).

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  10. As construtoras pararam de lançar, nos segmentos médio e alto padrão. No fim de 2016, com a redução dos estoques e a melhora conjuntural da economia, teremos oferta insuficiente para atender à demanda. Já vejo muito bobo, com cara de bobo, sem entender nada...
    Quem quer imóvel para investir preocupado com rentabilidade, deve mesmo procurar outro investimento. Quem quer comprar imóvel para morar, tem de tomar cuidado com esse discurso fracassado e alarmista (pode estar diante de uma grande oportunidade).

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    1. Pararam de lançar nada. Estão lançando sobre os terrenos adquiridos para fazer caixa e diminuir o custo com os terrenos que estavam parados.
      Ainda assim, existem muitos lançados em 2014 e 2015 que só ficarão prontos em 2015,16 e 2017, com um alto índice de distratos e poucas vendas.
      O país está entrando em recessão e a coisa não vai melhorar por 3 anos ainda, independentemente de partido, pois depende muito do cenário externo que está em depressão.

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  11. "Corvo Maldito"e Paguem meus juros" são bordões dos frequentadores do site Bolha Imobiliária. Eu parei de acompanhar esse site porque tem uns dois ou três lá que mandam no site e são bem autoritários, chegando inclusive a censurar aqueles que ousam discordar do pensamento supremo deles.
    Não sou corretor de imóveis e aguardo a hora certa para comprar meu imóvel. Espero que esse blog não seja contaminado pelas "mentes brilhantes e intolerantes"do outro blog.
    Boa leitura e contribuição a todos.

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  12. O pior não chegou e nem vai chegar. Esta crise é uma armação da mídia para tentar derrubar o PT, que fez com que os mais pobres pudessem comprar seus apartamentos. Imóvel nunca desvaloriza e quem é esperto está comprando tudo o que conseguir.

    Ass: Lulalelé

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    1. Nota-se por ai,so nao ve quem e "CORVO-CEGO".....kkkkkkkk, comprar e uma coisa,pagar e outra coisa,...Haja leiloes dos propriotarios "PETEBAS"....compraram por 300.000 mil,pagarao 800.000(se pagar ne),um bolhudo que vale 130.000.Realmente,mas realmente um BAITA prejuizo.

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  13. O mercado imobiliário, se quiser vender, inevitavelmente terá que acompanhar o problema econômico do país. Pois é um setor que não vive isoladamente. Ou melhor, nenhum setor vive isolado. O poder de compra sofreu muito e, consequentemente, o mercado terá que acompanhar este movimento, se quiser vender, claro!!!!! Se não quiser vender, o proprietário corre o risco - e é bem possível que aconteça - de ver o seu imóvel desvalorizar ainda mais. Para entender, basta ler as notícias. Não é nenhum segredo.

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