Total de acessos

Teste

sexta-feira, 21 de agosto de 2015

Folha: Incorporadoras têm queda nas vendas e aumento no prejuízo

E 12 delas registraram queda no lucro ou aumento no prejuízo no período. [...] A queda no desempenho é resultado da combinação de demanda desaquecida e o número ainda alto de distratos

Com menos crédito na praça e consumidores mais ressabiados com a economia, as incorporadoras amargaram perdas no segundo trimestre. Onze das 13 maiores companhias de capital aberto do país tiveram redução nas vendas líquidas, a diferença entre os contratos firmados e os cancelados, frente ao mesmo período de 2014. 

E 12 delas registraram queda no lucro ou aumento no prejuízo no período. 

A queda no desempenho é resultado da combinação de demanda desaquecida e o número ainda alto de distratos. 

"O fator mais relevante é a deterioração da confiança. Sem ter certeza se terá emprego e se a economia vai piorar, você não embarca numa operação que bloqueia sua poupança e lima 30% da sua renda mensal", diz João da Rocha Lima Júnior, diretor do Núcleo de Real Estate (setor imobiliário) da Poli­USP. 

Está difícil fechar negócio 
O alto índice de distratos começou a ser observado no ano passado. Segundo relatório da agência de risco Fitch, contratos no valor de R$ 6,8 bilhões foram rescindidos em 2014. No ano anterior, haviam sido 5,6 bilhões. 

Algumas incorporadoras sinalizam melhora neste quesito de março a junho ante o ano anterior. Mas, sem alta expressiva nos novos contratos, os cancelamentos seguiram minando os resultados. 

Na Direcional, o índice de rescisão caiu de 41% no segundo trimestre de 2014 para 30,4% no mesmo período deste ano. Com menos contratos firmados, o resultado mesmo assim piorou. E a empresa acredita que nos próximos meses os cancelamentos podem subir novamente. 

Diante disso, vem tentando acelerar a rescisão com quem não tem financiamento garantido. A ideia é revender as unidades para quem tenha condição de pagar. 

Na Brookfield, tal política fez com que o distratos superassem os novos negócios fechados em R$ 104 milhões. 

As incorporadoras que melhoraram os resultados, Rossi e Gafisa, compensaram a redução da procura com a queda nos cancelamentos.

A Rossi cortou pela metade as rescisões frente ao segundo trimestre do ano passado. A incorporadora fez um grande movimento em 2014 para cancelar contratos de consumidores em situação frágil e passou a dar descontos aos que ficaram para garantir o recebimento. 

Já a Gafisa foi beneficiada pelo desempenho da Tenda, sua divisão de imóveis populares. Após mudar sua política de vendas e cortar despesas em 2014, a empresa atraiu clientes com melhor capacidade de pagamento e voltou a lançar imóveis. 

Queda nos lançamentos e demissões
Cinco incorporadoras (Brookfield, Rossi, Tecnisa, João Fortes e PDG) decidiram não colocar nada novo no mercado, repetindo um movimento já visto no três primeiros meses do ano. 

Na região metropolitana de São Paulo, o número de novas unidades lançadas caiu 14% de janeiro a junho frente ao primeiro semestre de 2014, segundo o Secovi­-SP. 

Um dos efeitos da diminuição de obras são as demissões. Na PDG, por exemplo, quase 1.300 funcionários já foram cortados este ano. 

(Folha de São Paulo - Mercado - 18/08/2015)

VEJA VÍDEOS SOBRE O ASSUNTO AQUI NO BLOG OU PELO LINK

18 comentários:

  1. Tudo que sobe artificialmente, cai naturalmente.

    Abçs!

    ResponderExcluir
  2. Este mercado está sem parâmetros.
    Ninguém, nem construtores, proprietários e locadores têm condições de calcular qualquer metro quadrado de hoje, 21/08.
    Apenas análises técnicas do histórico recente, quando o mercado ainda respirava.
    Mudou tudo.

    ResponderExcluir
  3. Ninguém pode se ofender numa negociação de imóvel atualmente...
    Será a média aritmética do preço mínimo do vendedor e o preço máximo do comprador, oscilando a favor do mais vulnerável. ...lei de mercado.
    Surge assim novos preços do m2...

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Preço máximo do comprador SEM financiamento imobiliário, talvez um consignado...

      Excluir
  4. ... ou menos vulnerável...

    ResponderExcluir
  5. Não há coerência no que falam.
    Hora dizem que as vendas aumentam.
    Depois dizem que as vendas caíram, mas que há perspectiva de aumento no segundo semestre.

    Então se andamos pelas grandes cidades vemos um grande número de imóveis para vender ou alugar.

    Imobiliárias as moscas.

    Corretores que não vendem um só imóvel

    E ainda dizem que não existe crise no setor

    ResponderExcluir
  6. NAO é momento de comprar.

    Preços caindo e construtoras acumulando prejuizos e dividas crescentes.

    Se souber esperar, a entrada que vai dar hoje sera o preco de imovel a vista.

    E isso nao vai demorar muito nao, vao ver so.

    So ter paciencia e deixar os imoveis desvalorizar mais.

    ResponderExcluir
  7. A finalidade do imóvel vai deixar de ser especulação, voltando a realidade de unicamente a moradia e os preços voltaram a realidade....

    ResponderExcluir
  8. Infelizmente, preparem-se para assistirem o caos imobiliário nos próximos meses...
    Não por culpa dos compradores, que já estão de saco cheio de esperar a normalidade do mercado ( paciência tem limite), mas sim por culpa dos próprios donos deste circo lunático, engolindo dia após dia seus ambiciosos lucros negativos, tentando de todas as formas transferirem suas perdas para algum otário desinformado, pois sabem que estão em queda livre...
    Resumindo:
    A CASA CAIU...


    ResponderExcluir
  9. Vai cair e muito,imovel tipo moradia,locaçao,arremdamento etc, nao e investimento faz tempo, e igual carro.
    Imovel investimento e aquele que voce planta , colhe e vende a safra, este sim e investimento.ACORDEMMMMMM......

    ResponderExcluir
  10. "Aluga-se e so pague condominio e iptu", daqui ha 10 anos o imovel e seu........,pronto resolvido o problema do monte de POMBAIS EXISTENTES AQUI NO MANDIOCAL.500,00 /MES

    ResponderExcluir
  11. O maior ultrage a cognição das pessoas, é quando um corretor afirma que comprar um terreno em " cercadinho" fechado é investimento.
    E tem gente que compra parcelado...Indexador e oscambau a 4...condomínio...IPTU...melhorias...
    Investimento???????????
    Cultura financeira deveria fazer parte do ensino fundamental...



    ResponderExcluir
  12. Eu também nunca entendi essa visão de que terreno em condomínio é investimento. Só num mercado imaturo, com muita especulação irracional, valeria a pena (e o sujeito teria que comprar antes da alta e vender na alta). Tem IPTU, tem a taxa de condomínio e tem o IR sobre o lucro imobiliário.
    Se fosse investir em imóveis (algo que não recomendo) compraria um terreno num loteamento bem localizado e bem planejado.
    A situação está crítica, mas, como vivi a década de 80, acredito que o Brasil supera qualquer período negro...

    ResponderExcluir
  13. Tenho amigo corretor, faz 01 ano que nao vende nada,devido aumento dos preços praticados pelas construtoras gananciosas por lucros exorbitantes que contaminaram todo o mercado.Juro que fiquei com pena dele.Pensando bem nao e culpa deles nao esses absurdos de preços ai.Eles sao vendedores qualificados como qualquer outro ramo, que vivem mais de comissao sobre venda do que salarios e no que tange em nao vender "nada" causa preocupaçoes crueis.Esse mercado precisa reagir logo senao sera CATASTROFICO PARA TODOS OS SETORES.E ISSO REQUER GOVERNO COM MODELO ECONOMICO DIFERENTE DO QUE ESTA AI.SUCESSO A TODOS.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que pena que nada.... Eu já me deparei com mais de um corretor que só pensava em taxa de corretagem, valor de 10 mil Reais, muitos fizeram vidinha com isso, me lembro muito bem da arrogância dos que me atenderam, quero que todos se lasquem, detesto cada um deles.

      Excluir
    2. Esse é o livre mercado. Não foram competentes para elevar os preços a esses patamares irreais, tentando com isso amealhar os financiamentos? Então que baixem os preços ou não vendam nada.
      É fácil culpar o governo.
      Nosso capitalismo gosta de privatizar o lucro mas estatizar o prejuízo.
      Agora querem subsídios e benefícios fiscais?
      A coisa é simples, imóvel é um ativo de baixíssima liquidez que está com os preços no pico, portanto a tendência é de queda. Quem tem dinheiro, juízo e o mínimo de conhecimento, investe agora no rentismo, aproveitando as altas taxas do mercado.
      Quem precisa vender que abaixe o preço.
      Se é corretor, trabalhe o vendedor pars abaixar o preço.
      Ao comprador, resta aguardar, enquanto recebe juros do rentismo.

      Excluir
  14. 23:12 Um amigo economista me disse a mesma coisa. O ideal agora é receber juros do rentismo. Comprar imóvel agora não é adequado. É aguardar.

    ResponderExcluir