Depois de subirem em um ritmo mais forte que o da
inflação, os preços dos imóveis em São Paulo desaceleraram. E as vendas caíram.
Estava difícil encontrar um imóvel que
coubesse no orçamento. Depois de seis anos procurando, Denise vendeu o dela e
comprou um novinho só fechou contrato porque conseguiu negociar.
“Pedi um desconto. E conseguimos um
desconto e vamos fechar o contrato. E agora tem desconto. Antes não tinha”,
conta a médica Denize Menezes Lourenço.
Nos últimos anos, o preço dos imóveis em
sete cidades brasileiras vinha subindo bem acima da inflação. No pico, os
imóveis subiram 2,7% em apenas um mês, em abril de 2011, contra uma alta média
de preços de 0,77%. Mas agora houve uma reviravolta. Desde março deste ano, os
preços dos imóveis sobem menos do que a inflação.
Nova realidade
O dono da imobiliária confirma: o mercado está diferente. “O mercado vinha meio parado até o meio do ano e agora
parece que retomou a força e nesse cenário de redução de preços, descontos e os
compradores aproveitando, quase uma liquidação mesmo. A gente vê descontos de
20%, 25% em alguns casos”, comenta Rodrigo Falcão Vaz.
Copa, a eterna culpada
Só em São Paulo, a venda de imóveis novos caiu 36% em maio
deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado. Um outro dado que mostra a
desaceleração desse mercado é o crédito imobiliário, que caiu quase 20% no país
na comparação anual. Uma das explicações é a Copa do Mundo
que, em junho, ajudou a esfriar as compras. Mas os economistas dizem que não
foi só isso.
“A gente chegou a ter juros pro
financiamento imobiliário perto de 7% ao ano, 7,5%. Hoje a gente já vê juros
9%, 9,5% na média, casos até de juros maiores. Com menos gente conseguindo
emprego e os salários crescendo menos, aquele ímpeto para comprar o imóvel
diminui”, explica o economista da Fipezap Eduardo Zylberstajn.
O economista lembra que comprar a casa
própria é uma escolha que exige tempo: “A decisão no final na compra do imóvel
é uma decisão de longo prazo. Então, você querer acertar o movimento preciso do
mercado sempre é muito difícil, você tem que tomar a decisão com base nas
necessidades e nas condições das famílias”. Veja o vídeo completo da reportagem pelo link
(Portal G1 - Jornal Nacional - Notícia - 28/07/2014)
É, se alguém ainda tinha alguma esperança nesse mercado, dançou...se já está saindo até no Jornal Nacional, já era!...Alô, alô, Ricardo Amorim, sai dessa!
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